600 anos da descoberta do Arquipélago da Madeira
A Descoberta
"Passamos a grande Ilha da Madeira,
Que do muito arvoredo assim se chama;
Das que nós povoamos a primeira,
Mais célebre por nome do que por fama.
Mas nem por ser do mundo a derradeira,
Se lhe avantajam quantas vénus ama;
Antes, sendo esta sua, se esquecera,
De Cypro, Guido, Paphos e Cythera."
"Os Lusiadas", Luis de Camões
1418, é o ano apontado como o ano da descoberta da Ilha do Porto Santo, circunstância ocorrida após uma tempestade em alto mar que desviou da rota uma embarcação que seguia pela costa africana. Gonçalves Zarco e a sua tripulação foram salvos por este pequeno bocado de terra ao qual batizaram de Porto Santo.
Um ano mais tarde, em 1419, avistou-se outro bocado de terra, o qual foi designado por Madeira, devido à abundância desta matéria-prima.
Gonçalves Zarco, Tristão Vaz Teixeira e Bartolomeu Perestrelo são os três navegadores que aqui chegaram e aqui ficaram, cada um com a sua capitania. Porto Santo a Bartolomeu Perestrelo, Machico a Tristão Vaz Teixeira e, Funchal a Gonçalves Zarco, isto, alguns anos mais tarde, em 1440, após se ter dado início ao Ciclo do Povoamento, em 1425, por ordem do D. João I.