10º Festival de Órgão da Madeira
18 outubro 2019
- 27 outubro 2019
Local: RAM
Preço: Entrada gratuita
PROGRAMA
Dos dois lados do Atlântico – O órgão no século XX
Stephen Tharp, órgão
6ª feira, 18 de Outubro, 21h30
Funchal, Igreja de São João Evangelista (Colégio)
Frequentemente associado ao período barroco, o órgão foi alvo do interesse de muitos compositores ao longo do século XX, que deixaram uma vasta produção para o instrumento. O virtuoso americano Stephen Tharp – um especialista na execução de música daquele período – dá-nos a conhecer uma pequena parte do repertório organístico de novecentos.
O caminho para Monteverdi – música em torno dos conventos femininos italianos no Cinquecento
Rosana Orsini, soprano
Marco Aurelio Brescia, órgão
Sábado, 19 de Outubro, 21h30
Machico, Igreja de N.ª Senhora da Conceição
Ao longo do século XVI, a música para órgão foi-se progressivamente desligando da polifonia vocal, assumindo uma individualidade própria. Paralelamente, a escrita para voz valoriza cada vez mais a expressividade da melodia – muitas vezes acompanhada com órgão – abrindo caminho para a linguagem do século seguinte. O organista Marco Aurelio Brescia e a soprano Rosana Orsini exploram esta dupla evolução da música vocal e organística ao longo da centúria de quinhentos.
Ave maris stella – Maria, a Estrela do Mar
Mediae Vox Ensemble
Maria Bayley, órgão e órgão portativo
Filipa Taipina, direcção
Sábado, 19 de Outubro, 20h30
Porto Santo, Igreja de N.ª Sra. da Piedade
Domingo, 20 de Outubro, 18h00
Ponta do Sol, Igreja de N.ª Senhora da Luz
Segunda-feira, 21 de Outubro, 21h30
Funchal, Convento do Bom Jesus
A devoção à Virgem Maria é umas das temáticas mais exploradas desde o final da Idade Média. A designação de Maria como «Estrela do Mar» remonta ao século IX e foi adoptada como protectora e guia de quem viaja pelos oceanos e vive nas zonas costeiras. Nestes concertos, rodeados pleo Atlântico, teremos como fio condutor o tema do hino medieval Ave maris stella.
A arte da transcrição – Uma visão de Scarlatti, Bach e Rameau
Yves Rechsteiner, órgão
Terça-feira, 22 de Outubro, 21h30
Funchal, Igreja de São João Evangelista (Colégio)
Os múltiplos recursos técnicos e tímbricos do órgão fizeram dele, desde muito cedo, um meio ideal para a execução de obras originalmente escritas para outros instrumentos ou formações. Bach, Haendel, Vierne ou Duruflé são alguns dos compositores que se dedicaram a essa técnica. Neste concerto, Yves Rechsteiner apresenta transcrições de obras orquestrais do século XVIII, tirando partido das potencialidades do novo órgão da igreja do Colégio.
La Superba – O despertar do violoncelo
Diana Vinagre, violoncelo barroco
João Vaz, órgão
Quarta-feira, 23 de Outubro, 21h30
Funchal, Igreja de Santa Luzia
As qualidades tímbricas e a projecção sonora do violoncelo, exploradas por inúmeros compositores italianos a partir do século XVII, levaram à sua afirmação enquanto instrumento solista. De Frescobaldi, autor da Canzona «detta la Superba», às Sonatas de Domenico Gabrieli, o violoncelo de Diana Vinagre encherá a nave Igreja de Santa Luzia, ao lado do seu órgão histórico.
O órgão no século XXI
António Esteireiro, órgão
Bem-Aventuranças – Estreia absoluta
Laura Mendes, órgão
Halyna Stetsenko, órgão de coro
Quinta-feira, 24 de Outubro, 21h30
Funchal, Igreja de São João Evangelista (Colégio)
Estreia de peça evocativa da descoberta do arquipélago da Madeira, encomendada pelo Governo Regional da Madeira ao compositor Pedro Macedo Camacho.
Harmonies of Dust and Space – Órgão, electrónica e expressão corporal
Eva Darracq, órgão
Carole Garriga, expressão corporal
Sexta-Feira, 25 de Outubro, 21h30
Funchal, Igreja de São Martinho
Explorando os elementos: Terra, Água, Fogo, Ar, Espaço. Um espectáculo de expressão corporal, órgão e música electrónica com obras colectivas da autoria de Eva Darracq-Antesberger, Nathalie Aguer, Paul Husky and Philippe Andéol, incluindo duas estreias absolutas:
Christophe Robert (1980)
Flame Heath (Brünhilde's sleep), para órgão e electrónica
Composta para órgão e electrónica, Flame Heath é inspirada numa página do Flower Book do pintor inglês Edward Burne Jones. Nesta série de miniaturas, o artista pré-rafaelita é inspirado pelo nome de certas flores para nelas encontrar uma ilustração mitológica. A astronoma, em inglês de flame heath (charneca de fogo), dá origem à visão de Brünhilde adormecida por um feitiço de seu pai Wotan e cercada por chamas.
Eva Darracq (1975), Paul Husky (1983) e Nathalie Aguer (1977)
Derive Island para órgão, dança e electrónica ao vivo
Derive Island foi criada especialmente para o Festival de Órgão da Madeira. Inspirada na descoberta da ilha, especialmente no nível dos elementos: a embarcação que é o órgão, movimentos da água, deriva, planos sobrepostos, navegação no e para o desconhecido... As rotas nem sempre levam até lá, onde imaginamos!
Saint-Saëns, Sinfonia «com órgão»
Orquestra Clássica da Madeira
João Vaz, Laura Mendes, órgãos
Martin André, direcção
Sábado, 26 de Outubro, 21h30
Funchal, Sé
Completada em 1886 e estreada em Londres sob a direcção do compositor, a Sinfonia nº 3 de Camille Saint-Saëns é a mais famosa obra orquestral com órgão. A Orquestra Clássica da Madeira, sob a direcção de Martin André, apresenta pela primeira vez na Região a Sinfonia «com órgão», usando os dois instrumentos da Sé do Funchal.
Missa Dominical
João Vaz, Laura Mendes, órgãos
Domingo, 27 de Outubro, 11h00
Funchal, Sé
Como em anos anteriores, artistas intervenientes no Festival de Órgão da Madeira colaboram numa celebração litúrgica. A música de órgão e os próprios instrumentos poderão ser ouvidos no contexto para o qual foram concebidos originalmente.
O Barroco na Madeira – António Pereira da Costa
Ensemble Bonne Corde
Miguel Jalôto, órgão
Diana Vinagre, direcção
Domingo, 27 de Outubro, 18h00
Funchal, Convento de Santa Clara
Miguel Jalôto e o Ensemble Bonne Corde, dirigido por Diana Vinagre apresentam a primeira execução em instrumentos antigos dos Concertos Grossos com Doys Violins, e Violão de Concertinho Obrigados, e Outros Doys Violins, Viola e Orgão de António Pereira da Costa, que desempenhou funções de mestre de capela na Sé do Funchal em meados de setecentos.